PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Av Raimundo Gonçalves de Oliveira, 217 - Centro - CEP: 59675-000 - GROSSOS/RN
Email: paroquiadegrossos@hotmail.com (84) 3327-2383
Fundada em 30 de maio de 2008

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Semana do Dízimo - 2011

A Paróquia do S. C. de Jesus realizará de 16 à 23 de outubro a semana do Dízimo. No próximo domingo (02/10) haverá durante o CPP uma reunião para se dar os ultimos acertos. Logo mais iremos trazer toda a programação da semana.

O que é a Cruz processional?

 Cruz processional em bronze. Cordis.com.br

O Missal Romano orienta sobre o uso da cruz processional em vez de grandes crucifixos pendurados nas paredes, para simbolizar que a cruz acompanha o cristão em sua caminhada, mas a meta é a ressurreição, a glória, a vida.
A cruz processional deve apresentar a imagem do crucificado; ser pequena (30 a 50 cm), feita de material e forma que estejam em harmonia com as demais peças do presbitério. Após carregada em procissão como sinal do Cristo morto e ressuscitado, ela permanece junto ao altar.

Faz do meu nada amor (Irmã Kelly Patricia)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cronologia de Santa Terezinha do Menino Jesus

02/01/1873
às 23:30 hs. nasce Maria Francisca Teresa Martin,
à Rua Sainte-Blaise, 36, hoje 42.
04/01/1873Batismo na igreja de Nossa Senhora, pelo Pe. Lucien Dumaine. Padrinhos: a irmã mais velha, Marie (13 anos) e Paul Albert Boul (13 anos).
15/03 ou 16/03/1873Partida para Semallé (Orne), casa de Rosa Taillé,
a fim de ser amamentada.
02/04/1874Retorna definitivamente para sua casa.
24/12/1876Sua mãe, Zélia Martin, consulta com Dr. Notta, em Lisieux, a respeito
de seu tumor no seio. Não é mais possível fazer uma cirurgia.
03/04/1877Aos quatro anos: "Serei religiosa em um claustro".
18 a 23/06/1877Sra. Martin, Maria, Paulina e Leônia fazem
uma peregrinação a Lourdes
28/08/1877Morre da Sra. Martin
29/08/1877Sepultamento da Sra. Martin. Teresa escolhe Paulina
como sua segunda mãe.
15/11/1877Chegada de Teresa e suas irmãs a Lisieux, aos cuidados do tio Guérin
16/02/1882Paulina decide ingressar no Carmelo
verão 1882.Fica sabendo da partida próxima de Paulina. Sente-se chamada
ao Carmelo. Fala com Madre Maria de Gonzaga
Outubro 1882O nome Teresa "do Menino Jesus" lhe é proposto
por Madre Maria de Gonzaga.
13/05/1883Pentecostes. Sorriso da Virgem, cura repentinamente Teresa.
14/06/1884Crisma, por Dom Hugonin, bispo de Bayeux, na Abadia.
Madrinha: Leônia, sua irmã.
15/10/1886Entrada de Maria no Carmelo (Irmã Maria do Sagrado Coração de Jesus)
29/05/1887Pentescostes. Teresa consegue do pai licença para ingressar
no Carmelo aos quinze anos de idade.
31/10/1887Visita a Dom Hugonin, em Bayeux, para solicitar ingresso no Carmelo.
20/11/1887Audiência de Leão XIII. Teresa apresenta seu pedido ao Papa.
09/04/1888Festa da Anunciação. Entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux.
10/01/1889Tomada de hábito. Última festa para o Sr. Martin. Teresa acrescenta "da Santa Face" ao seu nome religioso.
29/02/1894Morte do Sr. Martin no Castelo de La Musse (Eure), às 8h e 15m.
Dezembro 1894Recebe da Madre Inês de Jesus a ordem de escrever suas memórias.
abril 1895Confidencia a Irmã Teresa de Santo Agostinho: "Morrerei em breve".
Início de abril 1897Gravemente enferma.
08/07/1897Teresa desce para a enfermaria.
14/09/1897Desfolha uma rosa sobre o crucifixo.
30/09/1897Morte de Teresa, diante da comunidade reunida, por volta das 19h e 20m.
04/10/1897Sepultamento no Cemitério de Lisieux
30/09/1898Publicação de 2000 exemplares de "História de uma Alma".
29/04/1923Beatificação da Irmã Teresa do Menino Jesus por Pio XI.
17/05/1925Solene Canonização na Basílica de São Pedro, em Roma.
14/12/1927Proclamada Padroeira Universal das Missões.
03/05/1944Nomeada Padroeira secundária da França, juntamente com Santa Joana d’Arc.
19/10/1997Solene Proclamação como Doutora da Igreja, pelo Papa João Paulo II.
30/09/1998Primeiro Centenário da Publicação de "História de uma Alma".

Novena das Rosas (Santa Terezinha)

Se você está correndo algum tipo de perigo, vivendo momento de aflição ou angústia, faça a Novena Milagrosa de Santa Terezinha das Rosas.


Reza-se durante os nove dias a seguinte oração abaixo:

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de vossa serva Teresa do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e pelos méritos de tão querida Santinha, concedei-me a graça que ardentemente vos peço (pedir a graça...), se for conforme a vossa santíssima vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida.



Reza-se 24 vezes a seguinte jaculatória:
Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no principio...
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
 

Números ou qualidade cristã?



Dom Aldo Pagotto

Arcebispo Metropolitano da Paraíba - PB

Entre as pesquisas anuais realizadas pela Fundação Getúlio Vargas, a divulgada em 2011 retrata o percentual de católicos no Brasil, por Estados. A Paraíba ocupa o terceiro lugar em densidade numérica de católicos, com 80,25%. Mais oportuno do que o alto número de pessoas que se dizem católicas, interessam-nos alguns indicativos que indiquem a qualidade da vida dos católicos. Qual Catolicismo se quer analisar? Como identificar as crenças e valores nos quais o cristão católico crê e se comporta?
Respeitada a isenção e a objetividade, como mensurar a qualidade da vida cristã? Ora, o modo de ser, de pensar e de agir como católico passa pelo fenômeno do relativismo, fenômeno inexorável, presente na sociedade moderna, exercendo enorme influxo no mundo plural. Os cristãos estão inseridos no mundo plural e relativista e, por isso, são continuamente influenciados por eles. No entanto, permanecem os princípios e valores cristãos referenciais, iluminando as pessoas e as estruturas da sociedade.
Hoje, os responsáveis pela identidade cristã, pela vida e missão da Igreja, ocupam-se com uma nova evangelização. Milhares de fiéis batizados não são suficientemente orientados na fé, precisando de esclarecimento sobre os compromissos cristãos. Nessa massa de fiéis de 80,25% que se afirma católica, quantos conhecem e vivem realmente a fé e os valores que Jesus ensina no seu Evangelho? Quantos se comprometem a viver de acordo com as exigências do amor a Deus, servindo aos semelhantes?
A experiência do amor de Deus e ao próximo é o valor central do Evangelho de Jesus. Essa experiência de salvação consiste na libertação de todo mal e na construção de todo bem. A experiência do amor de Deus é a referência essencial de nossa origem. É essa experiência de amor a Deus que nos leva a servir aos nossos semelhantes. O amor de Deus é o “habitat” onde nascemos vivendo o aprendizado da convivência familiar e social, pelo trabalho.
A vida cristã qualifica-se na medida em que todos e cada um de nós praticamos o maior e o único mandamento de amor. Os meios utilizados para alcançar essa meta de vida cristã encontram-se: 1) Na Palavra de Deus, tal que o Evangelho de Jesus chegue aos corações e aos ambientes; 2) Na fé, celebrada no culto litúrgico e na vida. Os sinais sagrados (sacramentos) ajudam-nos a compreender o que Jesus nos pediu, a exemplo da Eucaristia, sinal de unidade e vínculo da caridade; e 3) Na prática da caridade operosa, no convívio fraterno, na partilha solidária dos bens compartilhados.
O Evangelho praticado na verdade (e a verdade nos liberta do mal) gera o desenvolvimento espiritual e temporal, portanto, a inserção social, gerando comunhão entre as pessoas e famílias, para que todos cresçam. Não se trata de algo inatingível, difícil de viver, alheio e distante da realidade humana. Corresponde ao estágio evolutivo que dinamiza a nossa vida, aberta à plenitude. É essa a meta que os católicos preparam-se para atingir. É preciso nos qualificar melhor para essa meta, contando com as bênçãos de Deus.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Viva São Vicente!


Hoje dia 27 de setembro é o grande dia da Festa de São Vicente. O bairro Coqueiros está em clima de fé e oração. Hoje às 18h30 terá inicio a procissão, logo após haverá a Missa Solene da Festa. Participe!

domingo, 25 de setembro de 2011

A Igreja precisa mudar? reflete Bento XVI na viagem à Alemanha


Há décadas, vemos uma diminuição da prática religiosa e percebemos o afastamento de grande número de batizados da vida da Igreja, disse o Papa Bento XVI no encontro com os católicos comprometidos na Igreja e na sociedade, em Friburgo, neste domingo, 25, último dia de sua viagem à Alemanha.

Diante dessa situação, surge a pergunta: Porventura não deverá a Igreja mudar? Não deverá ela, nos seus serviços e nas suas estruturas, adaptar-se ao tempo presente, para chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?

O Santo Padre recordou um pequeno episódio que traz dois ensinamentos. "Uma vez alguém pediu a beata Madre Teresa para dizer qual seria, segundo ela, a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua reposta foi: tu e eu!".
Em primeiro lugar, essa resposta diz que "a Igreja não são apenas os outros ou a hierarquia..., mas somos todos nós, os batizados". Por outro lado, a religiosa parte do pressuposto de que há uma necessidade de mudança, por isso "cada cristão e a comunidade dos crentes são chamados a uma contínua conversão".

Mas como acontecerá essa mudança? reflete o Papa. Para ele, o motivo fundamental da mudança é a "missão apostólica" dos discípulos e da própria Igreja, que "deve verificar incessantemente a sua fidelidade a esta missão".

Desmundanizar a Igreja

Bento XVI disse que, devido às pretensões e condicionamentos do mundo, o testemunho cristão muitas vezes fica ofuscado e a mensagem do Evangelho acaba relativizada. E explicou que "para cumprir a sua missão, ela [a Igreja] deverá continuamente manter a distância do seu ambiente, deve por assim dizer 'desmundanizar-se'".

A Igreja, afirma o Papa, encontra o seu sentido exclusivamente no compromisso de "ser instrumento da redenção, de permear o mundo com a palavra de Deus e de transformá-lo introduzindo-o na união de amor com Deus".

Entretanto, ao longo do desenvolvimento da Igreja, muitas vezes manifestou-se uma tendência contrária a isso: a de uma Igreja que se acomoda neste mundo, torna-se autossuficiente e se adapta aos critérios do mundo. "Deste modo, dá uma importância maior, não ao seu chamamento à abertura, mas à organização e à institucionalização", apontou.

"Para corresponder à sua verdadeira tarefa, a Igreja deve esforçar-se sem cessar por destacar-se da mundanidade do mundo. Assim fazendo, ela segue as palavras de Jesus: 'Eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo' (Jo 17, 16)", destacou Bento XVI.

Segundo ele, a história, em certo sentido, vem em auxílio da Igreja com as diversas épocas de secularização, que contribuíram de modo essencial para sua purificação e reforma interior. "As secularizações... sempre significaram uma profunda libertação da Igreja de formas de mundanidade: despojava-se, por assim dizer, da sua riqueza terrena e voltava a abraçar plenamente a sua pobreza terrena".

Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja "desmundanizada" refulge de modo mais claro. "Liberta do seu fardo material e político, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo. Pode de novo viver, com mais agilidade, a sua vocação ao ministério da adoração de Deus e ao serviço do próximo", afirmou o Papa.

Escândado da cruz

Bento XVI afirmou que, a fé cristã constitui, ainda hoje, um escândalo para o homem. "[Crer] que o Deus eterno se preocupe conosco, seres humanos, e nos conheça; que o Inatingível, num determinado momento, se tenha colocado ao nosso alcance; que o Imortal tenha sofrido e morrido na cruz; que nos sejam prometidas a nós, seres mortais, a ressurreição e a vida eterna – crer em tudo isto é para nós, homens, uma verdadeira presunção".

Este escândalo - destacou o Santo Padre -, que não pode ser abolido se não se quer abolir o cristianismo, "foi infelizmente encoberto por outros tristes escândalos dos anunciadores da fé". "Cria-se uma situação perigosa, quando estes escândalos ocupam o lugar do 'skandalon' primordial da Cruz tornando-o assim inacessível, isto é, quando escondem a verdadeira exigência cristã por trás da incongruência dos seus mensageiros".

Força da fé cristã

Há mais uma razão para pensar que seja novamente a hora de tirar corajosamente o que há de mundano na Igreja, ressaltou o Papa. "Isto não significa retirar-se do mundo. Uma Igreja aliviada dos elementos mundanos é capaz de comunicar aos homens, precisamente no âmbito sóciocaritativo – tanto aos que sofrem como àqueles que os ajudam –, a força vital particular da fé cristã".

"Certamente também as obras caritativas da Igreja devem continuamente prestar atenção à necessidade duma adequada separação do mundo, para evitar que, devido a um progressivo afastamento da Igreja, se sequem as suas raízes. Só a relação profunda com Deus torna possível uma atenção plena ao homem, tal como sem a atenção ao próximo se empobrece a relação com Deus", pontualizou.

Para a Igreja "desmundanizada", ser aberta às vicissitudes do mundo significa testemunhar segundo o Evangelho, com palavras e obras, aqui e agora a soberania do amor de Deus. "Esta tarefa remete ainda para além do mundo presente: de fato, a vida presente inclui a ligação com a vida eterna. Como indivíduos e como comunidade da Igreja, vivemos a simplicidade dum grande amor que, no mundo, é simultaneamente a coisa mais fácil e a mais difícil, porque requer nada mais nada menos que o doar-se a si mesmo", concluiu.

Após o encontro, o Santo Padre se dirigiu ao Aeroporto de Lahr, onde participará da cerimônia de despedida, antes de retornar a Roma. 

Fonte: Noticias.cancaonova

1ª Noite do Tríduo de São Vicente



Fotos: Professor Ronaldo Josino matematicadeaula.blogspot.com

Ontem (24 de setembro) foi realizada na capela de São Vicente, no Bairro Coqueiros, a 1ª noite do Tríduo em homenagem ao padroeiro daquela comunidade. A celebração iniciou-se às 19h35; A animação ficou por conta da comunidade de Pernambuquinho e Barra, a pregação foi feita por Pedro da comunidade do Córrego. O tema da noite foi "Os Santos na vida da Igreja - testemunhas do Evangelho".

A programação de hoje (25 de setembro) é essa:
09h00 - Missa em memória dos Vicentinos, Idosos e Doentes
10h00 - Batizados
19h30 - 2ª noite do Tríduo (Responsabilidade da Pastoral do Dízimo)

sábado, 24 de setembro de 2011

A busca da perfeição

Após descer a detalhes sobre o preceito maior do amor ao próximo Jesus deixou esta ordem para Seus seguidores: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,38-48). Esta clara determinação do Mestre Divino é um vibrante apelo à fuga de toda e qualquer mediocridade. Cristo está a ensinar que o apelo à santidade é para todo batizado. Muitos são os que julgam que a perfeição cristã está reservada aos grandes místicos como Santa Catarina de Sena, São João da Cruz, o Padre Pio.

Eis aí um ledo erro, pois tal é a vocação de todo aquele que tem fé, dado que Deus já preceituara no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, como está no Livro do Levítico (cf. Lv 2, 43-45). Jesus veio a esta terra para mostrar como colocar em prática esta solicitação divina.

Os santos realizaram, de maneira excelente, aquilo que todo cristão deve querer ser, se tivesse plena consciência de sua vocação.
Não se trata de viver na estratosfera, num estado de alienação, mas simplesmente estar imbuído de uma disposição sincera de adesão à vontade do Ser Supremo, amando-O e ao próximo como Jesus amou. Amar é preferir. É sacrificar as preferências egoístas para aderir às de Deus e aos legítimos interesses dos irmãos na fé, inclusive amando os inimigos e por eles orando.

Na prece do Pai-Nosso se reza o que nem sempre se coloca em prática: “Seja feita a vossa vontade”. São Paulo decodificou o amor ao semelhante com detalhes magníficos: “A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ufana, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor 13,4-7).
A busca da perfeição, assim conceituada, é sem limites, pois o referencial dado por Cristo é a santidade divina: “Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito”. Ele deu a Seus seguidores um modelo a imitar. Não se deve abaixar as normas de Deus ao nível dos preceitos humanos. A medida à qual se deve aspirar é a imitação do Todo-Poderoso na Sua infinita santidade.

Não há nunca um basta na caminhada do verdadeiro cristão. É claro que cada um alça seus voos para o Alto de acordo com seus próprios carismas e sua atividade específica dentro da sociedade. Enraizado no batismo e na confirmação, cada um deve procurar o Reino de Deus ordenando as coisas temporais em vista da salvação própria e a dos outros. Tudo depende da união vital com Cristo, ou seja, uma sólida espiritualidade nutrida por uma participação ativa na Liturgia e expressa no estilo das oito bem-aventuranças evangélicas.

Na prática cotidiana isso significa a competência profissional, o senso sagrado do espírito familiar e cívico, as virtudes sociais. Além disso, à medida do possível, o engajamento nas diversas pastorais colaborando na difusão do verdadeiro Cristianismo. Nunca se deve esquecer de que, para aqueles que assim amam a Deus, tudo coopera para o bem. A sublime missão de todo batizado é ser predestinado a reproduzir a imagem do Filho de Deus para uma multidão de irmãos. Diz São Paulo: “Os que Ele predestinou, Ele também os chamou. Os que Ele chamou, Ele justificou. Os que Ele justificou, ele os glorificou” (Rm 8,28-30). Deste modo, a santidade do povo de Deus se espalha em frutos abundantes como o testemunha com brilho a História da Igreja pela vida de tantos que colocaram seus passos nos passos de Jesus.

A força para o progresso espiritual advém a cada um por meio dos sacramentos que conferem as graças especiais para a vivência plena do Evangelho. O que não se pode, porém, esquecer é que o caminho da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso implica ascese e mortificação que conduzem gradualmente a viver na paz. A perfeição que Cristo preceitua tem, de fato, que passar pelo Calvário. Os sacrifícios diários no exercício da profissão, as tarefas de todo instante, a convivência com os semelhantes, a luta contra a carne e seus desejos maus e cobiças desregradas, a fuga das ocasiões de pecado, enfim, tudo isso a cada hora sem paciência e muita determinação ninguém consegue se vencer, conviver consigo mesmo e com o próximo.

Animado, contudo, pelo Espírito de Jesus pode o cristão vencer os movimentos desordenados da alma, lutando contra eles. É o que ensina São Paulo: “Os que são de Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo espírito, andemos também no espírito” (Gl 5, 25). É desse modo que o cristão espera a graça da perseverança final e a recompensa de Deus seu Pai pelas boas obras realizadas com Sua graça em comunhão com Jesus. Ao guardar esta regra de vida quem crê, vive na casa da esperança, olhos voltados para a Cidade santa, a Jerusalém celeste. Eis o destino de todo aquele que, viril, corajosa e prontamente busca as veredas da perfeição, as quais nunca se tornam possíveis para os fracos, os pusilânimes, os covardes. Por tudo isso ser santo é ser salvo.

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos